quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Religião: para que elas servem?

Há milhares de anos o homem vem tentando descobrir a razão da existência de si próprio e de outras questões consideradas fundamentais: como surgiu a vida? Para que serve a criação?
Os mais celebres intelectuais jamais conseguiram encontrar as respostas para tais questionamentos e, em virtude disso, o mamífero intelectual passou a apoiar-se em algo maior do que ele e, consequentemente, muito mais inexplicável: o ser divino.
Não existem registros de quando e como a crença em "algo superior" suscitou, todavia, podemos concordar que é algo inerente a cultura humana, tal como a escrita, artes, línguas, técnicas..
Pensar no surgimento dela, nos leva a refletir sobre a sua real importância no que tange a evolução como indivíduo e, também, no seu mérito quanto ao desenvolvimento da sociedade em geral.
Para Freud, as religiões são, simplesmente, mecanismos criados pelo imaginário humano com o simples objetivo de satisfazer certos desejos que ele, em sua vida terrena, não teve como conquistar.
Quanto ao que este famoso psicanalista austríaco afirma, sou obrigado a discordar haja vista de que a "religião" em sua forma mais sacra, não é um mecanismo para alcançarmos a satisfação pessoal e, sim, uma forma de controle que, com o passar do tempo, culmina com uma espécie de transformação do comportamento humano.
Ela serve como uma espécie de corrente, aonde tenta-se aprisionar os instintos mais nocivos à convivência em sociedade; obrigando a todos a terem determinados comportamentos que serão considerados como aceitáveis pela massa.
Portanto, partindo desse pressuposto, elas inventam métodos, doutrinas para "freiar" os mais diversos instintos e impor limites para todos.
Ela incita que tenhamos as mesmas experiências, com um único objetivo: tornar o mundo um lugar melhor para vivermos.
No entanto, tal como ocorreu com o Comunismo, tais ideologias, foram deturpadas e passaram a engrenar o interesse de poucos favorecidos. Como diria o velho e adorável Gandalf, da saga O Senhor dos Anéis: "o poder corrompe e o poder absoluto, corrompe absolutamente...

Um comentário:

  1. Será que, em tempos tão plurais como estes, cabe obrigar um ser a seguir modos e ritos em que não se acredita realmente?
    Abração!

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