quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Religião: para que elas servem?

Há milhares de anos o homem vem tentando descobrir a razão da existência de si próprio e de outras questões consideradas fundamentais: como surgiu a vida? Para que serve a criação?
Os mais celebres intelectuais jamais conseguiram encontrar as respostas para tais questionamentos e, em virtude disso, o mamífero intelectual passou a apoiar-se em algo maior do que ele e, consequentemente, muito mais inexplicável: o ser divino.
Não existem registros de quando e como a crença em "algo superior" suscitou, todavia, podemos concordar que é algo inerente a cultura humana, tal como a escrita, artes, línguas, técnicas..
Pensar no surgimento dela, nos leva a refletir sobre a sua real importância no que tange a evolução como indivíduo e, também, no seu mérito quanto ao desenvolvimento da sociedade em geral.
Para Freud, as religiões são, simplesmente, mecanismos criados pelo imaginário humano com o simples objetivo de satisfazer certos desejos que ele, em sua vida terrena, não teve como conquistar.
Quanto ao que este famoso psicanalista austríaco afirma, sou obrigado a discordar haja vista de que a "religião" em sua forma mais sacra, não é um mecanismo para alcançarmos a satisfação pessoal e, sim, uma forma de controle que, com o passar do tempo, culmina com uma espécie de transformação do comportamento humano.
Ela serve como uma espécie de corrente, aonde tenta-se aprisionar os instintos mais nocivos à convivência em sociedade; obrigando a todos a terem determinados comportamentos que serão considerados como aceitáveis pela massa.
Portanto, partindo desse pressuposto, elas inventam métodos, doutrinas para "freiar" os mais diversos instintos e impor limites para todos.
Ela incita que tenhamos as mesmas experiências, com um único objetivo: tornar o mundo um lugar melhor para vivermos.
No entanto, tal como ocorreu com o Comunismo, tais ideologias, foram deturpadas e passaram a engrenar o interesse de poucos favorecidos. Como diria o velho e adorável Gandalf, da saga O Senhor dos Anéis: "o poder corrompe e o poder absoluto, corrompe absolutamente...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

PERDIDO!!!??

Estou sozinho no escuro
Perdido num mundo secular
Se posso sair? Não creio
Fugir? Nem pensar!

Num barco à deriva navego
Sem rumo; sem direção
Procurando um pouco de afeto
Adentro na imensidão!


Errante pelo caminho
Perco-me ainda mais
A procura de um destino
Escondido em uma carta às

Se um dia me encontraste
Saibas que fui um sonhador
Que se perdeu no tempo
A procura de um grande amor!




quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pão e Circo: o "enrolagion" da política brasileira

A constituição considera o povo como sendo um dos elementos que constituem o Estado, portanto, sem eles, o mesmo deixa de figurar como tal, literalmente.
Os Césares, governantes do Império Romano, possuiam ciência quanto a isso e, partindo desse pressuposto, criaram a política do "pão e circo". Uma ferramenta utilizada para bitolar, leia-se emburrecer, as massas baseada na premissa de prover diversão e comida com o objetivo de diminuir a insatisfação contra os tiranos que os governam.
Tal estratagema mostrou-se extremamente eficiente; promovendo espetáculos sangrentos e distribuindo pães no decorrer deles, os Césares conseguiam dominar as massas e difundir a errônea idéia de que preocupavam-se com o bem estar de seu povo.
Hodiernamente, tal prática ainda é muito bem vista por uma grande parcela dos líderes mundiais e, com o Brasil, de forma alguma, poderia vir a ser diferente.
O governo populista (?) da Vossa Excelência Sr. Luis Inácio Lula da Silva conseguiu expecializar-se deveras nessa estratégia famigerada. Fornecendo migalhas para a população brasileira o atual presidente conseguiu ser aclamado como o "pai dos pobres", imitando, grosseiramente, o ex-ditador Getúlio Vargas.
Programas como o fome zero, bolsa família, bolsa escola, auxilio gás, dentre outros, foram os meios encontrados para amenizar os ânimos de uma grande parcela da sociedade brasileira e vender a imagem de um presidente "do povo", "para o povo".
A mais recente ação desta natureza foi conseguir fazer com que o Brasil sedie uma copa do mundo. O governo fez um alarde herculiano sobre o provável desenvolvimento (?) que eventos dessa magnitude poderá suscitar nas cidades sedes, no entanto, os gregos sabem que essas informações são absurdamente levianas. Construção de estádios monumentais não realiza o tão proclamado desenvolvimento, muito pelo contrário, afoga o país em dívidas. A Grécia é a prova mais recente disso!!
Afundada em dívidas, recentemente, o país sede, entrou em recessão; inclusive, o bloco econômico europeu teve que intervir para que essa "gripe" não espalhasse para o mundo todo, afinal, um "espirro" na área da economia, graças a globalização, pode tornar-se uma pandemia a qualquer instante. 
E isto é, somente o começo. O Brasil, com a sua política de trazer alegria e comida a todos está gerando uma população extremamente acomodada, que sabendo que o governo a assistenciará, não se dá ao trabalho de procurar um emprego decente, estudar e melhorar as suas condições de vida. No entanto, como é sábido pela grande minoria: a ignorância é um dom, desde que não seja a dos políticos!!!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Em que mundo vivemos?

Em que mundo vivemos?
Em um reino de fadas?
Ou em um conto de terror?
Aqui reina a fome?
Ou será que reina o amor?

Em que mundo vivemos?
Em um paraíso angelical?
Ou em um inferno desigual?
Guerras não existem lá?
Ou será que todos tem sede de matar?

Em que mundo vivemos?
Em um lugar aonde o dinheiro manda?
Ou aonde a solidariedade comanda?
Preconceito é o que mais tem?
Ou todos convivem em bem?

A resposta só você saberá?
Estamos enganados?
Ou será que ''ela'' é que está?


sábado, 28 de agosto de 2010

transição, despedidas e solidão

Estava assustado. O trem surgia na minha frente de forma ameaçadora, em ponto de ataque, prestes a me engolir. Quanto mais próximo da estação ele ficava, mais apreensivo eu me tornava.
Olhei ao meu redor e vi todas aquelas pessoas cabisbaixas.. Todos aqueles rostos queridos.. Senti vontade de levar todos comigo, de enfiá-los no meu bolso, enclausurá-los e nunca mais devolve-los!! - Mas, como?? - Meus pensamentos torturavam-me com essa maldita pergunta.
O trem parou. Estremeci. A hora se aproximava. Senti um forte abraço. Era a minha mãe. Sua face, encharcada de lágrimas, estava rosada e inchada. Não me contive. O desespero tomou conta de mim, abraçei-a com todas as minhas forças, com todo a minha alma.
        Como conseguiria sobreviver, sem ver, todos os dias, o sorriso dela? Como suportaria a ausência de um afago? Quem cuidaria de mim quando estivesse com o coração partido. QUEM?
       Lágrimas jorravam dos meus olhos. Meus pés, minhas mãos, meu corpo inteiro tremia. Quase tive uma convulsão epiléptica devido o critico estado em que me encontrava. Meu espírito estava um caos.
       Uma vontade de ficar, de continuar a conviver com os meus familiares/amigos cresceu exponencialmente, no entanto, sabia que essa mudança era necessária; não poderia voltar atrás.
      Foram os minutos mais longos da minha vida. Soltei-a. Havia uma fila de pessoas querendo despedir-se de mim. Congelei a cada abraço, a cada toque, a cada sorriso cansado e olhos marejados.
      Como é amargo o ato de despedisse. Estava tentando ser forte, afinal, seria uma nova oportunidade, uma nova fase de amadurecimento e/ou crescimento.
      O apito do trem soou. Não tinha mais o que fazer, era hora de partir. Olhei, um a um, para aqueles rostos que fizeram parte do meu cotidiano, que estavam presentes no momentos de alegria, de choro.. Senti o meu coração se estilharçando... Inclinei a cabeça afirmadamente, como se estivesse falando um "até logo", fiz um esforço sobre-humano, virei as costas e caminhei, relutantemente, em direção ao trem.
       Senti o desespero da minha mãe devido os barulhos de choro que viam detrás de mim. Preferi não olhar para trás, não gostaria de desistir logo na reta final. Che Guevara sempre dizia: "há de seguir em frente sempre.. retroceder? JAMAIS" E eu sou um dos poucos adeptos dessa filosofia.
       Entrei no vagão. Tantos rostos desconhecidos, tantas vidas das quais, sequer, fazia parte, em contrapartida, de agora em diante teria que acostumar com o convívio de desconhecidos    ..
         Sentei em uma poltrona, procurei os meus pais e amigos pela vidraça e quando os encontrei estavam, todos, abraçados, provavelmente, chorando... Mais lágrimas molharam a minha blusa encharcada. A saudade já começava a queimar e a pungir.
       O que me reconfortava era o fato que o horizonte trazia uma promessa de uma nova vida... De novas oportunidades e vivências, mas, em contrapartida, meu peito estava dilacerado, minha alma gritava de dor e angustia!! Ao menos, tinha uma pequena esperança, quem sabe, a dos tolos...

Aonde iremos parar?

É sabido que após a revolução industrial o mundo sofreu profundas modificações; sejam elas no tocante ambiental, cultural ou tecnológico. Com o advento de tal “era” as tecnologias tornaram-se descartáveis, sendo sempre “engolidas” por novas descobertas, tornando-se idéias ultrapassadas.
       Muitas dessas inovações surgiram para facilitar o mamífero intelectual na realização de suas atividades costumeiras, deixando o processo mais ágil e eficaz.
        Contudo, algumas, são um tanto curiosas, outras engraçadas e um tanto absurdas. Também existem aquelas que geram polêmica, pois ultrapassam as barreiras do que a sociedade atual define de moral e ética; exemplos disso são a clonagem de seres humanos, a experiência com células troncos, dentre outras. Esses estudos esmagam todos os conceitos de ética e moral, desafiando, inclusive, a Igreja Católica, que se opõe, veementemente, as estes experimentos.
       Um outro exemplo típico dessa situação é o alarde que alguns cientistas britânicos, da Universidade de New Castle, estão fazendo atualmente. Eles afirmam que conseguiram produzir, em laboratório, espermatozóides imaturos, utilizando-se do sangue da medula óssea de alguns pacientes do sexo masculino.
       O estudo é emcabeçado pelo cientista Karim Nayernia que, ousadamente, afirmou que agora tentará fazer o mesmo utilizando-se do sangue da medula óssea de mulheres, inutilizando, assim, o papel do pai na reprodução. Ainda não conseguiram criar gametas maduros, entretanto, ele está apenas esperando que a universidade na qual atua, libere-o para fazer a maturação dos mesmos, através de um processo chamado meiose.
       O estudo afirma que, um dia, será possível que casais de lésbicas tenham filhos sem a necessidade de um homem para que ocorra a fecundação.
       No Brasil, alguns pesquisadores estão realizando estudos semelhantes ao dos britânicos, contudo, em vez de  utilizarem do sangue da medula para  produzir espermatozóides, eles estão utilizando-as para criarem óvulos em laboratório, o que permitiria que casais gays tivessem filhos com 100% de seu material genético.
       Não sou do tipo de pessoa que gosta de julgar o que os demais devem fazer ou não, todavia, quando leio uma reportagem com um teor destes, fico preocupado, pois não sabemos o que poderá surgir com tamanha abominação. Sou a favor dos experimentos científicos, desde que não mudem a relação infinitamente perfeita que foi criada por DEUS. O fato de um animal brincar de criador é, de fato, assustador; pois não temos a real consciência do que poderá vir a surgir a partir desses cruzamentos.
       Talvez a vida real queira imitar a ficcional e quem sabe, um dia, devido a esses experimentos, teremos verdadeiras “feras-humanas” vagando pela imensidão deste belo planeta. Ressaltando, é claro, se não o destruirmos primeiro; pois, ao que tudo indica, a Terra não suportará todos os malefícios que fizemos e que estamos realizando constantemente.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

caminhos

Caminho com passos lentos.
Trôpego.
                 Sôfrego.
Quando menos espero, deparo-me com uma encruzilhada.
O destino, zombateiro, mostra-me duas direções.
Qual seguir?
                  Desconheço!
Ficar?
         Sem cogitar.
Parece até brincadeira.
Mostrar dois caminhos e ocultar os resultados.
Não sei se sigo adiante,
Ou se retrocedo.
                         Errante!
Como és cruel. Tú.
Finges que se importa, mas
                                         numa reviravolta
Fechas a porta, não te importa
Se escolhi certo ou errado
O desfecho está ocultado...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

extravagâncias -n

       Para aonde olhava só conseguia enxergar a miséria. A casa, de aspecto paupérrimo era formada por apenas alguns paus podres e, de apoio, alguns tijolos mals encaixados. O teto era forrado por uma lona grossa, preta, que dava um ar mais obscuro ao pequeno ambiente. O chão, batido, não possuía sequer restigios de madeira; era feito de barro bruto, aonde quaisquer pingo d'água era motivo para surgir uma poça de lama.
        Comida era algo raro de se encontrar, panelas sujas, vazias, era, constantemente, o prato do dia. O fundo musical era formado por melodias pesadas, tristes, melancólicas: o choro das crianças famintas. Como é doloroso ver tal situação.. Pessoas desfiguradas, destroçadas pela miséria, pela fadiga oriunda da falta de alimentação.
       Lágrimas eram constantes. Tornou-se a forma mais natural de externar o desespero, de mostrar o quanto eram débeis, inocentes, desprotegidas.. A sorte, ou destino.. O que seja, não havia sido amistoso com essas pobres pessoas. O coração pesava, a alma penalizava-se com tamanho infortúnio.
        Como eles conseguiam/suportavam viver sob tamanha penúria? Que tipos de sonhos teriam? Esperanças? Era possível tê-las quando todos viravam as costas e fingiam que eles não existiam? Como acreditar em DEUS? Como entender que algumas poucas pessoas viviam de grandes farturas, enquanto eles, mendigavam um reles pão mofo, doente?
         A questão principal não seria essa e sim: como aceita-las? Como se sujeitar e não lutar para ter uma vida melhor, um pouco mais de comida, dignidade!! A resposta esta escancarada.. Poucos são os que a enxergam-na, que a entendem, que a abominam-na...

sábado, 7 de agosto de 2010

GERAÇÃO ZUMBI

- CÉREBROOO... CÉREBRO....
            Esta frase era comumente usada naqueles filmes toscos de terror antigo, onde, geralmente, por causa de um vazamento de gás tóxico as pessoas passavam por uma espécie de mutação (se é que podemos denominá-la como tal) e transformavam-se em verdadeiros carniceiros, prontos para abrir um buraco na cabeça de qualquer indivíduo, exceto os que já estavam contaminados, e, transformá-los em seus semelhantes.
            Estes seres, chamados de zumbis ou mortos – vivos, apavoraram diversas gerações, inclusive a minha infância. Lembro-me do medo que tinha ao entrar em um cemitério devido a estes filmes e sonhava, constantemente, que eles saiam de suas tumbas e infestavam a minha adorada cidade. Felizmente, tais tempos passaram e, atualmente, tenho consciência de que eles não passam de seres ridículos criados para assustar crianças imbecis, semelhantes a mim (é claro).
            Como sou metido a filósofo (só metido, porque dele não tenho nada) fico analisando a nossa sociedade: a geração coca-cola e a geração orkuteira e, infelizmente, cheguei numa conclusão abrasadora: a maioria dos adolescentes são seres da classe zumbiense (nem sei se esta palavra existe; se não, acabei de criá-la e, para mim, zumbiense significa: seres desprovidos de inteligência que, geralmente,  copiam os demais e que não possuem criatividade alguma; extremamente bitolados, possuem uma compreensão mínima da vida e só pensam em curtir e gozar da mesma). Parece que virou moda copiar e imitar os demais. A arte de pensar é algo que, para muitos, tornou-se incomodo, o melhor a fazer é deixar que certos mecanismos tecnológicos realizem esta atividade por nós.
            A sociedade poderá enumerar diversos fatores que fizeram com que os nossos jovens se alistassem em tal grupo, o grande vilão seria o fácil alcance a determinados tipos de tecnologias que realizam determinadas atividades por nós. Concordo que algumas delas tornaram-se indispensáveis no nosso dia-a-dia, todavia, alguns, abusam das facilidades que elas oferecem. Um clássico exemplo disto é o corretor ortográfico do World (editor de texto da Microsoft), nele, o usuário fica sabendo, de imediato, se errou ao digitar uma determinada palavra o que, infelizmente, acaba levando alguns para a famosa zona de conforto e, estes, passam a depender de tal ferramenta e, conseqüentemente, não se preocupam em escrever corretamente, tendo em vista, que o pacote office irá socorre-lo. A prova disto, são as barbaridades que encontramos nas provas de redação de muitas faculdades, onde troca-se coisas elementares como o n pelo m, por exemplo.
A falta de controle pelos pais com relação ao abuso do uso da tecnologia seria outro fator que poderia vir a ser apontado. Impor limites para a utilização de tais mecanismos seria uma boa opção para minimizar os efeitos desta geração zumbi. Leitura, jogos de raciocínio, cursos de arte, poderiam ser utilizados como meios para reverter tal processo que, atualmente, está em expansão.
Acredito que este é o momento de dar uma brecada em tal força, pois a realidade, aos poucos, está sendo engolida pelo mundo virtual e, talvez, daqui há alguns séculos,  surjam os seres vegetais, totalmente desprovidos de inteligência e completamente dependentes de máquinas e afins. Parece coisa de ficção cientifica, mas, ao que indica, dentro em breve, esta estória poderá tornar-se realidade.

domingo, 1 de agosto de 2010

amizades verdadeiras

Olá para quem me ler
Olá para quem me entende
Sei que essa história já aconteceu com muita gente
Entendi que o destino, une e separa corações
Separação é boa, em alguns casos
Porém, ruim, em outras ocasiões
O que aconteceu comigo
Concerteza, ficará marcado
Tenho medo de ter, dos meus amigos
No caderno, um simples recado
Nossos planos, nossos sonhos
Não são certos que irão se realizarCom alguns ainda estaremos
Porém, com outros, iremos nos separar
Triste é o fim, reservado
Para amizades rotineiras
Pois a solidão irá tomar de conta
Caso ela não for verdadeira
Um conselho eu dou a todos
Cultivem as suas amizades
Pois, uma coisa que nesse mundo é difícil
É encontrar uma de verdade


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sociedade Utópica

Acordei cedo. Meu corpo estava revigorado que conseguia sentir a energia pulsando em cada célula viva. Levantei e fui tomar uma ducha. Água gelada. Reconfortante!!
Enquanto limpava-me das impurezas noturnas algo assalta em minha mente: aonde tomar o desejum?.
Não pestanejei, iria à lanchonete da Sra. Socorro, uma idosa dos cabelos mais brancos e puros que um terrícola pode vir a admirar. Seu café e seu pão são considerados os melhores da região.
Sai do banheiro decidido. Vesti uma blusa e um short de malha fina e sai em direção ao estacionamento comunitário. Não tranquei a casa, afinal, quem teria coragem de quebrar a lei universal? Ninguém!!
        Fui caminhando com passos lentos, apreciando cada objeto que aparecia na minha frente. Respirava fundo e sentia prazer em estar vivo; o regozijo não tinha fim. Um passarinho começou a cantar uma doce melodia, parei para escutar, até porque não deveria me apressar, teria tempo para fazer o que quiser.
     Um senhor de aparência bastante respeitosa tirou-me do transe ao passar por mim com um sorriso sincero: - bom dia rapaz, que belo dia não é mesmo?
      Retribui o sorriso e afirmei automaticamente com a cabeça. Voltei para o meu percurso. Ao chegar no estacionamento, escolhi o carro mais próximo, entrei e escutei uma voz quase inaudível: - bom dia senhor, aonde gostaria de ir? - olhei para uma pequena tela, bem na minha frente, o veículo não possuía volante, e a mesmo questionamento estava visível nela. Com alguns toques mostrei o meu destino e o carro movido a hidrogênio começou a se locomover. Minutos depois já estava na lanchonete.
       Adentrei no recinto e sentei-me junto ao balcão, uma moça com um ar senhorial aproximou-se de mim e com uma gentileza sobrenatural questionou-me sobre o que gostaria de comer. Após anotado o pedido, ela deu as costas e entrou na cozinha. Dei uma olhada no ambiente e ele estava lotado. Várias pessoas conversavam animadamente, gesticulavam, riam. Todos compartilhavam os mesmos objetivos, os mesmos humores, as mesmas conclusões acerca da vida.
       Quando menos percebi o meu pedido chegou. Comi devagar, saboreando cada pedaço, sentindo cada textura, cada essência. Minha boca enchia-se d'água só por sentir aqueles sabores marcantes. Após o desejum, despedi-me da garçonete que me atendeu com um longo aceno e retornei para o veículo. Logo em seguida, fui para o trabalho.
       O mesmo questionamento aconteceu logo que entrei no veículo. Digitei o endereço do meu destino, escolhi uma música que estava fazendo sucesso e inclinei o banco para relaxar. Entrei em um estado de transe no percurso, a sonoridade da música fazia com que cada célula vibrasse, sentia uma onda de prazer subindo das pontas dos meus pés até o meu último fio de cabelo. Volta e meia pensava: - como os antigos conseguiram sobreviver sem essas maravilhas? - Realmente, não conseguia compreender. A evolução é magnífica.
       Após 30 minutos senti o veículo desacelerar, abri os olhos e vi que havíamos chegado no complexo industrial aonde trabalhava. Sou técnico sênior de uma grande indústria que busca criar novas tecnologias para melhorar a vida no planeta Gaia (o nome Terra foi descontinuado após os acontecimentos de 2012). Nesse momento, estava trabalhando em um projeto aonde o objetivo principal seria criar uma "máquina" que restaurasse as energias do corpo humano para que conseguíssemos aproveitar mais as nossas vidas, para termos momentos de mais lazer, para sabermos o real sentido do verbo existir.
       Os estudos estavam avançados e todos os envolvidos estavam otimistas quanto aos resultados. Em breve iríamos disponibilizar as nossas descobertas para toda a população de forma gratuita, afinal, moramos em um mundo onde "tudo é de todos", as novas tecnologias, alimentos, tudo era compartilhado; com exceção de objetos pessoais e moradia. Quanto ao restante, poderia ir aonde bem entender, comer o que quiser que ninguém diria não ou sequer cobraria por algo.Não existia fronteira, éramos uma só nação, um só mundo!!!
       Trabalhei por umas duas horas e retornei para casa. Fiz alguma coisa para comer e fui ler um livro ao ar livre; ao fundo, bem baixo, uma música do Jonh Lennon tocava. "Imagine all the people / Living life in peace" Que música profunda, quem diria que um terráqueo involuído poderia ter acertado a respeito do nosso futuro... E ela continuava: "Imagine no possessions / I wonder if you can / No need for greed or hunger / A Brotherhood of man" ..
       Coloquei o livro na cabeceira e lembrei que ainda não tinha completado a missão. Deveria regressar a outros planetas e tentar instruí-los para que, um dia, eles conseguissem viver como nós, terrícolas. Levantei e... e... As imagens ficaram embaçadas, as cores misturavam-se e, aos poucos fui perdendo os sentidos, não estava entendendo o que estava acontecendo. Escuridão! Será que morri? Não poderia ser. Ao longe, escutei um som de sirene policial. Aos poucos fui tomando consciencia do que havia acontecido, tinha sonhado com um mundo sem fronteiras, com um lugar melhor... Fiquei frustrado em saber que aquilo foi um sonho utópico e que a realidade é cruel e avassaladora.
      Tentei voltar para o sonho, não consegui. Meu despertador começou a tocar transloucadamente, era hora de acordar, ter mais um dia exaustivo de trabalho, ter mais um dia para ganhar uma miséria e, quem sabe, ter algo decente para comer no final do mês...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

amor, ardor, rancor

Olhares. Transpiração
Tudo, contigo, é único. Eterno.
Vibrações. Um simples toque de pele.
Diversas sensações.
Como uma simples palavra causa tudo isso?
Deixa um "nunca contertar-se de contente"
Vira "uma dor que desatina sem doer"..?
E, por mais que queiramos
Por mais que não faça sentido
Vivemos assim, unidos!!!
Destino, implacável!
Mostra as garras de aço
E, antes, o que eram flores, viram dores
O que era espera, vira sequela
Coração se parte, destroi.
Acabou amor, ficando o ardor. Surgindo o rancor!!!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

BETS E A TECNOLOGIA


Eu jogava “bets” na rua, é o nome de uma das comunidades do orkut que falam deste jogo infantil que tanto divertia as crianças. Divertia? Sim, atualmente a diversão está nos jogos eletrônicos e o jogo “bets” vigora apenas na periferia das cidades, mas até  nelas a atenção das crianças tem se voltado para os jogos eletrônicos por meio das lan houses. Isto é parte do que a modernidade nos pode oferecer.
             O jogo “bets” promove a socialização das crianças de várias formas: 1. expõe as regras – as quais existem em todos os jogos – fazendo com que as crianças respeitem a vez de cada um, fator essencial a um convívio sadio na sociedade; 2. desenvolve o diálogo com outras pessoas, o respeito mútuo fazendo com que mais tarde, num provável ambiente de trabalho, o indivíduo saiba lidar com outras condutas adversas à sua; 3. a companhia de outras crianças, levando em consideração que o isolamento leva ao enfraquecimento da auto-estima; 4. proporciona a atividade física essencial para o crescimento saudável.
             Os jogos eletrônicos, por outro lado, é um dos fatores que conduzem à depressão que é crescente entre os jovens, os quais ficam em seus quartos “pregados no computador”, como dizem suas mães tão preocupadas com o desenvolvimento de seus filhos, além de alargar a possibilidade da criança se tornar sedentária, podendo, ainda, adquirir um problema de coluna por causa de uma posição indevida na forma de sentar.
           A partir disto, nos perguntamos o papel da tecnologia e sua aplicação a nossa sociedade. Para explicar este processo entramos em outro assunto: A Educação.
            A tão estudada Revolução industrial trouxe tecnologia e à medida que esta chegou às pessoas cresceu também a possibilidades de novos meios de adquirir informação, entretanto não foi feita uma orientação adequada do uso deste meio e um dos resultados disto pode ser observado no comportamento das crianças. Adicionar ao currículo escolar formas de bom uso da internet e de outros meios tecnológicos se faz necessário atualmente.


Texto escrito por Tatiana F Pereira, 22 anos, formada em Ciências Sociais e blogueira nas horas vagas, escrevendo no "mutação: o mundo" http://mutacaomundo.blogspot.com/

domingo, 25 de julho de 2010

Bons Samaritanos!!![??]

Quando criança, fui ensinado que devemos fazer o bem, sem olhar a quem!! Inclusive, repetiam, para mim, constantemente, um versículo, não me recordo qual, todavia, o mesmo, tentava passar a seguinte mensagem: de que não devemos nos vangloriar e tornar público aquilo que fazemos para o próximo, com o intuito de nos engrandecer perante aos homens e, sim, que façamos o bem e o guardemos para nós mesmos, não contando-os para outrem.
Ultimamente, tenho visto bons, leia-se maus, samaritanos realizando "boas ações" para os abastados da sociedade; não que eu condene o ato, entretanto, quando o mesmo é realizado para proveito próprio, todo o brilho dessa ação perde-se, até porque, segundo o que acredito, o cidadão não estará realizando uma boa ação e, sim, "comprando" marketing pessoal.
       Programas como Domingo Legal, Domingo Espetacular, entre outros; possuem quadros deste teor, na qual ajudam pessoas de baixa renda e, logo em seguida, publicam-no com o intuito de mostrar a grande massa como eles são bons e benevolentes.
       Agora a pouco, assistindo o "De volta para a minha terra", observei a hipocria destes indivíduos que teimam em publicar tal ato, fazendo se passar por indivíduos altamente benevolentes e caridosos, não mostrando, de fato, o que são. Entristece-me tal atitute, não pelo benefício gerado ao próximo, mas ao malefício que tal indivíduo esta gerando a si próprio, ou será que ele mal percebe que está apenas comprando um serviço de promoção de imagem?? Ou então, julga ser sábio publicar tal atitude, pensando, talvez, que os mostrando, outros, possam a vir segui-los e realizarem coisas semelhantes??
       O mais ridículo é quando a grande massa, totalmente cega, levanta-se e aplaude tais seres como se fossem verdadeiros heróis, homenageando-os e adorando-os como se fossem deuses. Caso semelhante aconteceu com a “boa samaritana” Angelina Jolie que, frequentemente, tem ajudado o povo africano que sofre com a fome e com a aids. Inclusive, devido as suas “boas ações”, ela foi retratada, juntamente com seus três filhos, como sendo A Virgem Maria.
       Como disse anteriormente, não sou contra a ajudas humanitárias, ajo-as de suma importância para o nosso desenvolvimento como ser humano consciente, o que desaprovo, é a publicação dos mesmos com o intuito de auto-promoção, pois, desta forma, não estão agindo corretamente e sim nos transformando em ótimos negociantes, sabendo, de forma rápida e eficaz, comprar e direcionar toda a mídia nós mesmos.

sábado, 24 de julho de 2010

Segundos - Horas - Meses - Anos - Décadas

Eram dez horas. O coração palpitava, a respiração tornava-se ofegante.
Espera. Chegava a ser interminável.
Os segundos transformavam-se em milênios. Surgia a dúvida: devo continuar a esperar?
A esperança, dos tolos, tentava acalmar-me: "quem espera, sempre alcança", já dizia o velho ditado.
Em contrapartida, a mente pungia e dilacerava-me: "não vês que és um tolo, vai-te embora e não olhe para trás"
Indecisões. Qual caminho seguir?
Se ficasse só teria a incerteza do êxito, se partisse, existiria a dúvida do que poderia ter acontecido.
O que fazer? Nenhuma resposta.
O ponteiro do relógio parecia zombar da minha insistência. O tempo, com seu sorriso sarcástico, cantarolava em minha mente, afirmando que não importasse o tanto que ficasse aqui, nada iria adiantar, nada viria a resolver a situação, tudo continuaria como antes.
Lágrimas. Pequenas gotas salgadas rolavam pela minha face.
Sabia a verdade. Estava consciente.
Tudo iria continuar como antes. Nada mudaria. Somente o tempo, somente!!!!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Destinos (?)

Você que me entorpe, entope
Façai com que venha até mim
Tira esse peso, roliço
Flutue e esvai o "aqui"
Quem sabe assim
Pedra rara, de beleza estonteante
Possamos vir a entender
Esta sina perpétua e insignifcante
Somente utilizada para sofrer
És tu, sina sinistra
Que arde e engoda
E me engolfa nesse mundo?
És perene e incosntante
Transformando-me em um ser mutante
Sofrido e animalesco
Esperando o seu tenro fim

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Somos todos IRMÂOS!!!

Há vários anos atrás, nascia o mais poderoso e brilhante ser que já existiu, como diria Augusto Cury: "o mestre dos mestres" havia sucitado; alguns acreditam que ele era rebento de uma virgem, outros não, contudo, este detalhe, pelo menos para mim, não importa.

O que de fato é válido, é que este homem trouxe luz as trevas; trouxe esperanças para um povo sedento e miserável.

Infelizmente, nossa mente doentia deturpou totalmente a verdadeira missão do Grande Kabir; missão esta que é totalmente distinta da qual acreditamos atualmente.
Jesus Cristo não vei ao mundo para "construir" uma nova religião e sim para difundir uma grande verdade: que todos nós, independentemente de sexo, raça, cor, entre outros, SOMOS FILHOS DO PAI VIVO, e que portanto somos irmãos.. sim, caro leitor; somos todos filhos do AMOR (alguns o chamam DEUS)!

E é esta verdade que deveria ser difundida.. espalhada aos quatros cantos do mundo, entretanto, não foi isto que aconteceu.

Talvez se tivesse ocorrido o mundo seria um local melhor de se viver.. seríamos menos egoístas; mais humanizados; quem sabe seríamos de fato seres humanos e não apenas mamíferos intelectuais.. seríamos mais comprometidos com o nosso próximo, ou melhor, com nossos IRMÃOS!!
Amaríamos mais, seríamos mais felizes... não teria existido guerras.. separatividade, nem fronteiras.. se parassemos de pensar apenas em sí, não estaríamos a beira de um caos social..

A verdadeira mensagem de Cristo está sendo esquecida.. aos poucos vai sendo repudiada..
Irmãos de todo o mundo, abra os olhos e perceba o quanto maravilhoso nos somos, perceba o quanto é belo nosso planeta.. nossa vida.. a do nosso próximo... Preocupem-se menos, ocupem-se mais!!!

AME! AME TUDO! Pois se passarmos a AMAR tudo e a todos, o mundo será um lugar melhor... ame o mundo.. o universo, pois este, ao passar do tempo, irá se transformar num lugar melhor caso agirmos assim.. para alguns.. o paraíso!!!

Estamos com a faca e o queijo na mão; basta apenas escolhermos as alternativas corretas; mudar o rumo de nossas vidas, pois se não, as consequências serão tamanhas. Somos animais em processo de extinção, e foram nós mesmos que causamos isto. Nosso barco está afundando e temos que, imediatamente, tapar os buracos por onde a água está entrando!!!

E como faremos isto???

A única resposta é AMANDO.....!!!!

Irmãos "de todo mundo, UNI-VOS!!"..